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Imagem com a bandeira dos Estados Unidos para o artigo sobre as diferenças entre a cultura corporativa americana e brasileira.

11 Diferenças entre a cultura corporativa americana e brasileira

Morar em outro país implica em conhecer e se adaptar a uma nova cultura. Essas diferenças culturais refletem o dia a dia de diversas formas, como na forma de relacionarmos com as pessoas e também como trabalhamos e fazemos negócios.

Pensando nisso, hoje vamos conhecer 11 diferenças entre a cultura corporativa americana e brasileira, mostrando as diferenças entre os direitos trabalhistas, como os colegas de trabalho se comportam e como lidam com a remuneração.

1 – O horário do almoço

Por lei, os trabalhadores no Brasil têm direito a 1 hora de intervalo. Geralmente, esse horário é usado para almoçar e às vezes para resolver alguns problemas pessoais, como documentos ou problemas no banco. Diferente do que ocorre no Brasil, não é comum os americanos tirarem 1 hora para almoçar. Muitos almoçam na mesa em que trabalham ou no carro, comendo em apenas 15 minutos e voltando a trabalhar após a refeição.

2 – Diferentes formas de falar sobre remuneração

Ao procurarmos emprego no Brasil, geralmente as vagas estão com salário mensal + benefícios. Já nos Estados Unidos, você verá o valor da remuneração por hora.

Para falar sobre remuneração, muitos americanos falam de seus rendimento por valor anual. Se você procurar qual a média salarial da sua profissão em inglês, provavelmente encontrará o valor em valores anuais.

Quanto ao pagamento do salário, pode ser semanal, mensal ou a cada quinze dias, sendo o último a forma mais comum entre as empresas americanas.

3 – Intimidade entre colegas de trabalho

Os colegas de trabalho nos Estados Unidos são mais discretos em relação à vida pessoal. Não é comum as pessoas falarem o que fizeram no fim de semana, se são casadas ou se têm filhos. Você só saberá algo da vida do seu colega de trabalho se for convidado para ir à casa dele.

Para entrevistas de emprego, o distanciamento entre vida pessoal e profissional é ainda maior. Muitas perguntas são consideradas ilegais durante uma entrevista, como perguntas em relação ao país de origem, orientação sexual, religião e até mesmo idade.

4 – Tarefas do dia a dia

Foi contratado como designer gráfico? Pode ter certeza que nos Estados Unidos você só terá como responsabilidade a parte de design. Diferente do que ocorre no Brasil, onde o profissional muitas vezes precisa ser generalista, mexendo até com programação, no caso do designer, lá cada profissional foca suas tarefas apenas na área em que foi contratado.

5 – Férias e feriados

No Brasil o trabalhador tem direito até um mês de férias depois de um ano de empresa, podendo ser reduzido para vinte em troca de uma compensação financeira. Além disso, as férias podem ser divididas. Emenda de feriado também é comum nas empresas.

Nos Estados Unidos as férias são tratadas de maneira completamente diferente. Para se ter uma ideia, férias remuneradas são consideradas facultativas, ou seja, as empresas não têm obrigação de darem férias remuneradas aos trabalhadores. Entretanto, muitas companhias oferecem alguns dias de férias remuneradas, variando entre 5 e 15, podendo aumentar conforme o tempo de empresa.

Em relação aos feriados, não há qualquer lei garantindo folga nos feriados nacionais com remuneração, sendo muito comum pessoas trabalharem até mesmo no dia 4 de julho, por exemplo.

6 – Direitos Trabalhistas e Benefícios

Nos Estados Unidos não há algo equivalente ao FGTS, 13º, Vale-transporte, Vale-refeição, entre outros benefícios que os trabalhadores brasileiros possuem.

Apesar disso, algumas empresas oferecem benefícios para os empregados, sendo o mais comum o plano de saúde, já que os custos médicos no país são altos.

No final do ano, algumas empresas dão um bônus para os funcionários, mas dificilmente o valor supera o salário médio mensal.

7 – Demissão

Demissões repentinas não são raras na Terra do Tio Sam. O patrão tem muito mais liberdade na hora de demitir um funcionário, seja por não precisar mais dele ou pelo desempenho do funcionário estar aquém das expectativas do empregador. Como não há FGTS e multa de 40%, é importante que você guarde dinheiro para uma eventual demissão.

8 – Serviços de garçom/garçonete

No Brasil, todo trabalhador, independente da função exercida, tem direito a receber o salário mínimo de R$1045,00.

Já nos Estados Unidos, o valor mínimo estipulado por hora é de $7.25, mas isso não abrange todos os trabalhadores. Você sabia que o salário mínimo para quem recebe gorjeta é diferente?
Para os funcionários que recebem gorjeta, como os garçons, o salário mínimo estabelecido pelo governo federal é de apenas $2.13 a hora, valor muito baixo para alguém se sustentar. Por isso, é esperado que os clientes deem gorjeta para os garçons, já que a sobrevivência deles dependem do dinheiro recebido.

Diferente do Brasil, que damos gorjeta como um adicional por um serviço bem prestado, lá nos Estados Unidos devemos dar gorjeta para todos os garçons, podendo variar o valor conforme a qualidade do serviço.

9 – Folgas não remuneradas são mais fáceis

Precisa se ausentar para resolver alguns problemas e não se importa de ficar sem receber nesse período? Nos Estados Unidos é mais fácil conseguir isso, já que os contratos são mais flexíveis. Você conversa com seu chefe e combina as datas em que ficará ausente.

10 – Licença-maternidade e paternidade

Por lei, as trabalhadoras brasileiras têm direito a pelo menos 4 meses de licença maternidade, podendo chegar a 6 meses no caso das empresas cidadãs. Os pais também têm direito a licença-paternidade de 5 dias, podendo chegar a 20 dias para empresas cidadãs.

Já nos Estados Unidos as empresas não são obrigadas a conceder qualquer licença para pais e mães, sendo um dos poucos países que não garante qualquer licença parental.

11 – Aposentadoria

A aposentadoria no país está estipulada em 67 anos, podendo se aposentar aos 62 por uma redução no valor mensal. O benefício máximo é de 3790 dólares mensais para quem se aposentou aos 67 e contribuiu mensalmente.

Muitas vezes esse valor é considerado baixo para os americanos. Para contornar esse problema, muitos americanos mudam para um país com custo de vida baixo ao se aposentarem, pois o valor recebido em dólar em outro país costuma cobrir o custo de vida local.

Além da previdência pública, investir em previdência privada é muito comum por lá, sendo o 401k um dos planos de aposentadoria mais populares dos Estados Unidos. É um fundo de investimento que o colaborador coloca para ter um dinheiro a mais quando estiver em idade de se aposentar.

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Por Henrique Vidal Romano, produtor de conteúdo e analista de mídias sociais.

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